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Curso de Teologia – Prof. Márcio Ruben

Capítulo 2

Bibliologia

Introdução

Esta matéria trata da Bíblia: Sua formação, seu desenvolvimento e seu fechamento.

Estudaremos os materiais utilizados: pergaminho, papiro, tipo de escrita, línguas utilizadas, seu

A Bíblia e seu intérprete por excelência

Espírito Santo é o intérprete por excelência da Bíblia. Ele inspirou os escritores santos (hagiógrafos) ao colocar por escrito (autógrafos) os fatos ocorridos. Foram cerca de 40 escritores, sacerdotes, homens do povo, profetas etc. que foram inspirados por Deus! Por período de mais de 1400 anos. Escrita em diversos tipos de materiais, principalmente em pergaminho, pele de animais e papiro, planta aquática do Rio Nilo.

A expressão Bíblia vem do grego biblion conjunto de livros. O Antigo Testamento

contém 39 livros e o Novo Testamento contém 27 livros.

 

A Bíblia é inerrante, isto é, não contém erros. A Bíblia é infalível, isto é, toca aos corações e transforma vidas.

Foi escrita em hebraico, o Antigo Testamento e em grego, o Novo Testamento.

 

A necessidade das Escrituras:

A revelação de Deus na criação: SI 19.1-6; Rm 1.20. A revelação especial de Deus: Na Bíblia, que é a Palavra de Deus escrita; Em Cristo, que é Palavra de Deus Viva (Jo 1.1).

 

Por que devemos estudar a Bíblia?

Ela é o manual da vida cristã e no trabalho do Senhor. Ela alimenta nossas almas (Jr 15.16; Mt 4.4; 1 Pe 2.2). Ela é o instrumento que o Espírito Santo usa (Ef 6.17). Ela enriquece espiritualmente a vida do cristão (SI 119.72).

 

O vocábulo Bíblia:

Vem do grego, a língua original do Novo Testamento. Os gregos davam nome à folha de papiro preparada para a escrita de "biblos".

 

Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado "biblion" e vários destes eram uma "bíblia". A palavra bíblia quer dizer "coleção de livros pequenos“.

 

A palavra Testamento.

Vem do termo grego "diatheke“. Tem dois significados: Aliança ou concerto. Testamento, isto é, um documento contendo a última vontade de alguém quanto à distribuição de seus bens, após sua morte. No Antigo Testamento, a palavra usada é "berith" que significa apenas concerto.

 

Classificação do Antigo Testamento:

LEI. São 5 livros: Gênesis a Deuteronômio. São comumente chamados o Pentateuco. HISTÓRIA. São 12 livros: de Josué a Ester. POESIA. São 5 livros: de Jó a Cantares de Salomão. PROFECIA. São 17 livros: de Isaías a Malaquias. Estão subdivididos em: Profetas Maiores: Isaías a Daniel (5 livros). Profetas Menores: Oséias a Malaquias (12 livros).

 

Classificação do Novo Testamento:

BIOGRAFIA. São os 4 Evangelhos. Descrevem a vida terrena do Senhor Jesus e seu glorioso ministério. Os três primeiros são chamados Sinópticos, devido a certo paralelismo que têm entre si. HISTORIA. É o livro de Atos dos Apóstolos. Registra a história da igreja primitiva, seu viver, a propagação do Evangelho. EPÍSTOLAS. São 21 as epístolas ou cartas. Vão de Romanos a Judas. 9 são dirigidas a igrejas (Romanos a 2 Tessalonicenses). 4 são dirigidas a indivíduos (1 Timóteo a Filemom). 1 é dirigida aos hebreus cristãos. 7 são dirigidas a todos os cristãos, indistintamente (Tiago a Judas). PROFECIA. É o livro de Apocalipse ou Revelação.

 

Jesus é o tema central da Bíblia:

• Em Gênesis, Jesus é o descendente da mulher (Gn 3.15).

• Em Êxodo, é o Cordeiro Pascoal.

• Em Levítico, é o Sacrifício Expiatório.

• Em Números, é a Rocha Ferida.

• Em Deuteronômio, é o Profeta.

• Em Josué, é o Capitão dos Exércitos do Senhor.

• Em Juízes, é o Libertador.

• Em Rute, é o Parente Divino.

Curso de Teologia – Prof. Márcio Ruben

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• Em Samuel, Reis e Crônicas, é o Rei Prometido.

• Em Ester, é o Advogado.

• Em Jó, é o nosso Redentor.

• Nos Salmos, é o nosso socorro e alegria.

• Em Provérbios, é a Sabedoria de Deus.

• Em Cantares de Salomão, é o nosso Amado.

• Em Eclesiastes, é o Alvo Verdadeiro

• Nos Profetas, é o Messias Prometido.

• Nos Evangelhos, é o Salvador do Mundo.

• Nos Atos, é o Cristo Ressurgido.

• Nas Epístolas, é a Cabeça da Igreja.

• No Apocalipse, é o Alfa e o ômega; é o Cristo que volta para reinar.

 

Os capítulos e versículos:

 

A divisão em capítulos:

Foi feita no ano de 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras.

A divisão em versículos:

Foi feita de duas vezes. O AT em 1445, pelo Rabi Nathan; o NT em 1551, por Robert Stevens, um impressor de Paris. Stevens

publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e versículos em 1555.

Referências bíblias:

O sistema mais simples e rápido para escrever referências bíblicas é o adotado pela Sociedade Bíblica do Brasil: duas letras sem ponto abreviativo para cada livro da Bíblia. Entre capítulo e versículo põe-se apenas um ponto. No índice das Bíblias editadas pela SBB pode-se ver a lista dos livros assim abreviados. Exemplos de referências por esse sistema: 1 Jo 2.4 (1 João capítulo 2, versículo 4). Jó 2.4 (Jó capítulo 2, versículo 4). 1 Pe 5.5 (1 Pedro capítulo 5, versículo 5). Fp 1.29 (Filipenses capítulo 1, versículo 29). Fm v. 14 (Filemom, versículo 14).

A inspiração bíblica:

Inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro.

Inspiração Plenária e Verbal:

Todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas. Os escritores não funcionaram quais máquinas inconscientes. Houve cooperação vital e contínua entre eles e o Espírito de Deus que os capacitava. Homens santos escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém sob uma influência poderosa do Espírito Santo.



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